segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ISTO É NOTÍCIA ! É CRIME?

Praça de touros de Espinho vai a hasta pública 

No terreno da arena, poderão nascer habitações.
 Imagem de um outro tempo, o tempo áureo da praça hoje desactivada.
Foto: DR Reportagem de Pedro Mesquita, junto à praça de touros de Espinho

Quem estará preparado para a última investida?
Quem está interessado em pegar de caras a desactivada praça de touros de Espinho? Touros, forcados e cavaleiros nem vê-los que a antiga arena há muito está ferida de morte.
Mais logo, a praça, que já foi o orgulho da cidade, vai a hasta pública com a base de licitação nos 800 mil euros. No café em frente, o Café Tourada, cruzo-me com o olhar nostálgico dos irmãos Fardilha, de 79 e 82 anos de idade.
Deve ou não esta praça de touros ser demolida? Manuel e António estão de acordo: "Eu acho muito bem, haja progresso.
Neste momento, a praça está em ruínas, está abandonada. Isto carece, realmente, de uma mudança". No terreno da arena, poderão nascer habitações.
Será essa a ideia, dizem-me os dois irmãos, que ainda se lembram de ir à tourada com os pais e os avós: "Perfeitamente. Foi há 60, 70 anos. Ia muita gente.
Era o que havia, na altura, de bel-prazer para demonstração ao povo. Era a tourada e o futebol... Dias de festa, com muita gente". Ao sol ou à sombra, Manuel e António ficavam-se pelas bancadas. Naquela família não havia toureiros, mas havia cavalos. U
ma charrete-táxi, que rendeu bom dinheiro nas primeiras décadas do século passado: "Na altura, havia muito poucos táxis. Também eram poucos os carros privados e o meu avô, com um irmão, tinham uma dessas charretes puxadas a cavalos.
Dois cavalos". Dois cavalos, de carne e osso, que encontrei nas memórias bem arrumadas de Manuel e António. E tudo isto vem a propósito da velha arena que está prestes a ser vendida em Espinho.

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